Nesta segunda-feira (11/05), na Câmara Municipal de São Paulo, ocorreu o lançamento da Frente Paulista pelo fim da criminalização das Mulheres e pela legalização do Aborto. Após a apresentação de um vídeo com as imagens das ações que vem ocorrendo nesse sentido, deu-se início ao laçamento oficial da Frente, seus projetos e metas.
A ciminalização do aborto condena mulheres a um caminho de clandestinidade, ao qual se associam graves perigos para as suas vidas, saúde física e psicológica, e acima disso, não resolve a questão da saúde pública.
As mulheres pobres, negras e jovens são as que mais sofrem com a criminalização, justamente porque não podem pagar pelo serviço clandestino na rede privada, tão pouco, podem viajar a países onde o anorto é legalizado, opções seguras para mulheres ricas.
Os objetivos dos setores ultraconservadores, são punir as mulheres e levá-las a prisão. Em diferentes Estados, os Ministérios Públicos, ao invés de garantirem a segurança das cidadãs, tem investido esforços na perseguição e investigação de mulheres que recorrem à prática do aborto. A estas ações somam-se os maus tratos e humilhação que as mulheres sofrem em hospitais quando, em processo de aborto, procuram atendimento.
A criminalização das mulheres e de todas as lutas libertárias é mais uma expressão de um contexto reacionário, criado e sustenato pelo patriarcado capitalista em associação com setores religiosos fundamentalistas. A maternidade deve ser uma decisão livre e desejada e não uma obrigação das mulheres, e para aquelas que desejam ser mães, devem ser asseguradas condições econômicas e sociais, através de políticas públicas universais.
A Frente conta com vasta participação do Movimento Social, Redes Latino Americanas, Redes e Movimentos Nacionais, UBM, UJS, UNE, entre outras, Secretaria Nacional de Mulheres do PCdoB, PCB, PT e PSOL e organizações diversas, UNEGRO, Direitos Sexuais e Reprodutivos, União de Mulheres, entre outras. Alguns parlamentares participaram do ato e deram suas contribuições, Jamil MUrad, Ivan Valente, José Genoíno.
"Reafirmamos nosso compromisso com a construção de um mundo justo, fraterno e solidário, nos rebelamos contra a criminalização das mulheres que fazem aborto, nso reunimos nesta Frente para lutar pela dignidade e cidadania de toda as mulheres".
Por Juliana Rosa
Maio de 2009
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
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