terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A participação da mulher no esporte

Os tempos são outros, também pudera, o que antes era apenas uma simples participação, hoje se tornou uma obssessão. A mulher vem a passos largos tendo uma efetiva e decisiva participação no esporte nacional e internacional. Hoje a disputa da mulher no contexto esportivo tornou-se um grande destaque e com muitas conquistas, a mulher avançou e conquistou um grande filé dentro da área esportiva. Medalhas é o que não faltam, afinal muito bem preparadas fisíca e psicologicamente em quase todas as modalidades esportivas, a mulher tem provado que o esporte também é sua praia. Sem contar é claro, com aquelas que apenas praticam esporte como qualidade de vida, quer seja nos centros esportivos, nos cluber, nos ginásios de esportes, nas ruas...lá está a mulher mostrando sua força.

Por Katia Santos

A regra não é válida

Nos dias de hoje se espera das mulheres um desempenho semelhante ao dos homens nos ambientes de trabalho. Talvez até um pouco mais, como se isso fosse necessário para provar que que somos capazes de trabalhar tão bem quanto eles. Tudo que se espera da gestão do tempo de parte de executivos e profissionais no trabalho é válido para ambos os sexos.
O problema é que ao chegarem em casa, desde os tempos de nossos avós e pais, mostra o homem sendo recebido pela mulher com um par de chinelos, indo tomar seu banho e jantando logo a seguir.
Mas isso mudou muito. Tem muitas mulheres que chegam mais tarde do trabalho que o marido, as vezes ganham até o dobro.
É preciso que as mulheres admitam que vão ter que lidar com problemas domésticos mesmo estando longe de casa , como o filho que se machuca e não quer comer, as lições do colégio e o atraso do motorista levando as crianças para o ballet e o judô.
É bom que as empresas aceitem isso tudo como normal daqui em diante, afinal, não são elas que falam tanto em qualidade de vida?
Todos devem ter tarefas a cumprir e não apenas esperar que a dona de casa o faça. Exemplos típicos, arrumar a cama e tirar a mesa.
Se todos os casais dividissem as tarefas, facilitaria muito a vida conjugal e profissional.
Respeitar a mulher que trabalha fora de casa ou não é a proposta da nova família. Dividir com ela as responsabilidades domésticas é sinal de respeito e maturidade. É reconhecer que as mudanças no trabalho tem mais chances de ocorrer se fossem adotadas pelos casais as responsabilidades divididas, onde os erros e acertos são tratados com amor e carinho e não como disputa de quem trabalha mais ou quem sustenta mais essas competições que em vez de atribuir ao relacionamento, irão apenas desgastar.

Por Allene Monteiro

Consciência Negra

Nâo quero me aprofundar no contexto histórico, visto que todos conhecemos a história exploradora de construção do nosso país, contudo não poderíamos deixar de falar sobre essa questão tão polêmica ainda nos dias atuais.
Aprendemos na escola algo sobre a suposta libertação dos escravos, mas libertos do que? Libertos de quem? Em quais condições? A crueldade do homem perante o poder o leva ao descaso absoluto, ao extremo desrespeito com o própro homem.
Com alguns direitos conseguidos através do Movimento Negro organizado, a luta pela justiça, contra o racismo, se torna muito complexa, difícil de ser denunciada por ser mascarada. É um racismo que age discreta, porem ferozmente.
Os dados estão visíveis, basta analisarmos as vagas preenchidas nas empresas e fazermos algumas comparações simples. Não podemos esquecer que a luta não é apenas racial, mas de classe, gênero e raça.
Imaginem o que significa, numa sociedade historicamente racista, machista e de poder, uma mulher negra e pobre. Significa que será triplamente desafiada a mostrar seu potencial, a garantir um espaço justo e de direito.

Façamos dessa, nossa luta!

Por Juliana Rosa
Novembro de 2009.

Saúde: maternidade, aborto e violência sexual

A garantia de uma maternidade saudável e segura deve ser uma bandeira cotidiana das mulheres. Embora tenhamos nas UBS (Unidade Básica de Saúde), acompanhamento para gestantes, não existe a garantia de pré-natal de qualidade e atendimento para todas. Além disso é fundamental a disponibilidade de leito para o parto com recursos adequados para a gestante e a criança. Não é possível ignorar o número de mortes, que ainda ocorre, por falta de recursos fundamentais. Fora essas questões estruturais, precisamos reforçar a idéia de conscientização na sociedade, promovendo assistência quanto a informação, promovendo palestras e outros meios disponíveis nos veículos de comunicação, assim como garantir maior investimento no SUS (Sistema Único de Saúde).
O suposto atendimento humanizado, realizado em alguns hospitais, precisa avançar, em questões de atendimento e estrutura, para abortos previsto em Lei e em casos de violência sexual. Precisamos de ações públicas e de propaganda que levem ao entendimento real dessas questõe, não podemos falar de igualdade de gênero, onde não existe autonomia e liberdade de decisão para as mulheres em sua vida reprodutiva. Aborto deve ser uma opção, opção sobre o próprio corpo, opção de vida e para o avanço desse tema, precisamos - e digo quanto a sociedade e governo - estudar , discutir profundamente e elaborar alternativas para um problema que não é de moral , mas de saúde pública.

Por Juliana Rosa
Dezembro de 2009.

2010

O que queremos? O que estamos fazendo?

Poderia deixar uma linda e provavelmtn repetida mensagem de felicitações pelo ano novo, contudo prefiro deixar questionamentos, provocações que nos levam a reflexão do que queremos, de quais mecanismos disposmos e de como concretizaremos mudanças positivas e graduais quanto MULHERES.
Dentro desse sistema explorador , mais conhecido como Capitalista, dessa sociedade com princípios e discursos tão contraditórios, temos conseguido algum avanço, attavés de muita luta promovida por mulheres de coragem, que compreendem que é necessário se organizar, acumular forças para reivindicar direitos, igualdade.
Precisamos observar com cautela, não podemos nos acomodar por compreender alguns avanços, pelo contrário, nesses momentos devemos nos sentir estimuladas a continuar e encontrar novas formas de avanço. Garantir nossa inserção nos espaços de poder, dessa forma nos representaremos e certamente apresentaremos propostas avançadas .
Nesse ano de 2010, uma nova oportunidade se apresenta, de construirmos condições de eleger representantes que ergam nossas bandeiras, que nos represente integral e efetivamente. Mulheres, façamos a diferença, façamos desta nova eleição, uma nova etapa no avanço de direitos de igualdade.

Por Juliana Rosa

Lançamento da Frente

Nesta segunda-feira (11/05), na Câmara Municipal de São Paulo, ocorreu o lançamento da Frente Paulista pelo fim da criminalização das Mulheres e pela legalização do Aborto. Após a apresentação de um vídeo com as imagens das ações que vem ocorrendo nesse sentido, deu-se início ao laçamento oficial da Frente, seus projetos e metas.
A ciminalização do aborto condena mulheres a um caminho de clandestinidade, ao qual se associam graves perigos para as suas vidas, saúde física e psicológica, e acima disso, não resolve a questão da saúde pública.
As mulheres pobres, negras e jovens são as que mais sofrem com a criminalização, justamente porque não podem pagar pelo serviço clandestino na rede privada, tão pouco, podem viajar a países onde o anorto é legalizado, opções seguras para mulheres ricas.
Os objetivos dos setores ultraconservadores, são punir as mulheres e levá-las a prisão. Em diferentes Estados, os Ministérios Públicos, ao invés de garantirem a segurança das cidadãs, tem investido esforços na perseguição e investigação de mulheres que recorrem à prática do aborto. A estas ações somam-se os maus tratos e humilhação que as mulheres sofrem em hospitais quando, em processo de aborto, procuram atendimento.
A criminalização das mulheres e de todas as lutas libertárias é mais uma expressão de um contexto reacionário, criado e sustenato pelo patriarcado capitalista em associação com setores religiosos fundamentalistas. A maternidade deve ser uma decisão livre e desejada e não uma obrigação das mulheres, e para aquelas que desejam ser mães, devem ser asseguradas condições econômicas e sociais, através de políticas públicas universais.
A Frente conta com vasta participação do Movimento Social, Redes Latino Americanas, Redes e Movimentos Nacionais, UBM, UJS, UNE, entre outras, Secretaria Nacional de Mulheres do PCdoB, PCB, PT e PSOL e organizações diversas, UNEGRO, Direitos Sexuais e Reprodutivos, União de Mulheres, entre outras. Alguns parlamentares participaram do ato e deram suas contribuições, Jamil MUrad, Ivan Valente, José Genoíno.

"Reafirmamos nosso compromisso com a construção de um mundo justo, fraterno e solidário, nos rebelamos contra a criminalização das mulheres que fazem aborto, nso reunimos nesta Frente para lutar pela dignidade e cidadania de toda as mulheres".

Por Juliana Rosa
Maio de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Violência Doméstica

A violência contra a mulher é uma manifestação das relações de poder historicamente desiguais, que causaram e causam a dominação e discriminação da mulher pelo homem. Isso faz parte de uma cultura machista, onde o papel da mulher é servir o marido e educar os filhos. Por mais complexo ou por essa mesma razão, o lugar menos seguro para a mulher é sua própria casa. Acobertados pela cumplicidade e impunidade, os agressores do lar, sentem-se seguros e incentivados a cometerem incessantemente tais atos, certos de que não sofrerão nenhuma represália.
Com a Lei Maria da Penha, ocorreu algum avanço, mas lembremos que a busca por ajuda segue um caminho de alta complexidade, a mulher agredida, precisa enfrentar o medo de uma nova agressão, de não ter como sobreviver e cuidar dos seus por conta própria, a vergonha de se expor e ser questionada e por muitas vezes ser julgada como responsável pelo ato. Enfrentamos a falta de informação, de conhecimento específico da Lei, de como recorrer e o mais grave, o completo despreparo no atendimento e direcionamento dos casos.
A luta feminista, o surgimento das delegacias de defesa da mulher, os debates promovidos constantemente sobre a questão, sem dúvida contribuíram para que muitas mulheres vencessem a barreira do medo e da vergonha e viessem denunciar os maus-tratos sofridos. A violência doméstica revelou-se um problema de proporções enormes, sociais e de saúde pública, que merece - e eis mais uma razão para trabalharmos na conscientização das mulheres, maior atenção das autoridades.
Não podemos esquecer o impacto negativo sobre as crianças, que vivenciando agressões permanentes, se tornam estudantes dispersos, introspectivos e posteriormente adultos inseguros e com pouca ou nenhuma capacidade dentro de espaços de disputa, como na sociedade em geral. Ao contrário do que possa imaginar, a violência está impregnada em todas as classes, está em todos os espaços, o que nos leva a entender que a luta é tripartite, de gênero, raça e classe. Trata-se de valores culturais atrasados e que atrasam o desenvolvimento da sociedade no seu aspecto sócio-cultural e econômico.

Por Juliana Rosa
União Brasileira de Mulheres